As quedas d’água da Cachoeira do Anel

Hoje é dia de colocar mais uma cachoeira na lista de passeios! Pra quem achava que Alagoas não tinha esse tipo de natureza pode se preparar por que a lista é grande e isso é só o começo heheh… Aqui no site já falamos da Cachoeira da Tiririca e a vez agora é da talvez mais conhecida do Estado e visitada: Cachoeira do Anel. Em 2015 ela foi eleita pelo famoso site Catraca Livre como uma das 27 cachoeiras que devem ser visitadas no Brasil. 

Banho na Cachoeira do Anel. Foto: Mariana Cavalcante.

A Cachoeira do Anel se localiza no município de Viçosa na região da Zona da Mata, Vale do Paraíba e fica a cerca de 86km da capital Maceió. Ela é formada pelas águas do Rio Caçamba, uma das bacias do Rio Paraíba. Seu nome na verdade é Cachoeira Caçamba mas ela é mais conhecida como Cachoeira do Anel pois seu acesso principal fica no Povoado do Anel, na área da Fazenda Cachoeira Grande. 

Para chegar lá você pode ir por dois caminhos ou dois acessos, sendo o primeiro e mais fácil o acesso pelo Povoado do Anel (que foi o que fiz nas duas vezes que fui). Para esse basta você sair de Viçosa (de carro) em direção a Paulo jacinto, logo após a entrada para Chã Preta você verá do lado direito da pista uma pequena placa com o nome Cachoeira do Anel que fica próxima ao ponto de ônibus (é bom prestar muita atenção por que a placa é pequena e desgastada, muita gente passa direto). Daí você segue nessa entrada que é toda de estrada de barro e segue reto, você vai dar no alto do povoado e não irá ver sinalização mas no final tem uma porteira de madeira que é a entrada da trilha que leva a cachoeira. 

Caminho descampado após a porteira que leva até a trilha da cachoeira. Foto: Virna da Hora.
Início do acesso esquerdo da cachoeira. Foto: Virna da Hora.
Início do acesso esquerdo da cachoeira. Foto: Virna da Hora.

A cachoeira fica na área da Fazenda que citamos acima, ou seja, é uma propriedade particular mas não existe portaria nem ninguém que fiscalize a entrada de pessoas nessa área, então todos acessam tranquilamente o local sem precisar marcar antes. Nas duas vezes que fui não marquei nada e a entrada estava livre. 

Passada a porteira de madeira você acompanha a trilha no chão no terreno descampado que vai dar em uma descida um pouco íngreme até começar a trilha com Mata Atlântica. É uma trilha bem curta e não é difícil, mas é bom ter cuidado por que há muitas pedras grandes então você tem que se agachar as vezes pra alcançar a altura delas. Logo logo você chegará na queda principal da cachoeira que é onde boa parte das pessoas ficam, é uma queda relativamente alta e bem propícia para o banho, além de ser fácil chegar até a queda de água. Mas é bom sempre andar com cuidado para não escorregar nas pedras! 

Queda d’água principal. Foto: Virna da Hora.
Várias pessoas reunidas com suas comidas e bebidas. Foto: Virna da Hora.

Muita mata e grandes pedras ao longo da cachoeira e caminho. Foto: Virna da Hora.

Um ponto importante que eu sempre chamo atenção é sobre a quantidade de pessoas. Nos finais de semana e feriados sempre é lotado de gente, a maioria do pessoal que frequenta é do próprio povoado e cidade então se você estiver afim de paz e sossego não irá encontrar muito hehe, até por que o pessoal tem o costume de escutar som alto, levar comida e bebida (inclusive muitos não recolhem o lixo, o que é super errado). Mas ainda assim existe uma opção para que, procura o sossego que é voltar a trilha e pegar a trilha do lado esquerdo que vai dar na parte mais alta da cachoeira. Quase ninguém fica nessa parte e eu achei a trilha até mais fácil por que ela é mais uma estradinha reta. Tem uma queda de água também, sendo que é bem menor e embaixo fica um piscinão raso, essa área é justamente a parte que o pessoal que faz rapel se acomoda pra dar início a descida. 

Lugar pra tirar muitas fotos legais! Foto: Virna da Hora.
Queda d’água acima da principal. Foto: Virna da Hora.
Piscina rasa ótima para o banho. Foto: Virna da Hora.

O segundo acesso a cachoeira é pela Fazenda Baixa Funda (que já citamos em outro post), esse já é bem mais trabalhoso pois você começa a trilha do iniciozinho ou fim do Rio que leva até a cachoeira, ou seja, é uma boa andada entre as pedras, rio e mata mas é uma experiência tão boa quanto! Afinal você faz a trilha e curte bem mais a paisagem ao redor, a Mari seguiu por esse caminho e adorou! E você pode fazer a trilha com o pessoal da Fazenda Baixa Funda, basta ligar antes e agendar. 

Nos dois casos você pode chegar de carro e ir por conta própria pois os caminhos são fáceis e a trilha é leve, lembre sempre de ir com roupas de esporte, tênis, roupas de banho por baixo e leve uma mochila com bastante água, filtro solar e lanches (recolha seu lixo ao final). Não é aconselhável ir em épocas de chuva por que os acessos ficam complicados pela lama e a água do rio fica mais barrenta, além de ficar mais escorregadio e consequentemente perigoso. Apesar de ser muito visitada, não há estrutura turística então vá consciente disso e preparado para qualquer eventualidade, porém não deixe que isso te impeça pois vale muito a pena conhecer. 

Lembrem sempre de recolher o lixo e ajudar a preservar nossas belezas naturais. Foto: Mariana Cavalcante.

Dicas:

  • Bom para adolescentes e adultos
  • Não acessível para deficientes ou pessoas com problemas de locomoção 
  • Fácil acesso

Informações:

Endereço: Fazenda Cachoeira Grande, Povoado do Anel, Viçosa/AL, CEP 57700-000,
Contatos: (82) 99634-0166.

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